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quarta-feira, 7 de julho de 2010

MP do Rio de Janeiro pede prisão temporária do goleiro Bruno; polícia espera em frente à casa dele

MP do Rio de Janeiro pede prisão temporária do goleiro Bruno; polícia espera em frente à casa dele: "O pedido foi feito depois do depoimento de uma testemunha-chave. Um adolescente. Ele afirma que Eliza Samudio está morta."


O goleiro Bruno pode ser preso a qualquer momento. Policiais estão no condomínio do jogador. O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão preventiva dele por envolvimento no sumiço da ex-namorada Eliza Samudio.

O pedido foi feito depois do depoimento de uma testemunha-chave. Um adolescente. Ele afirma que Eliza está morta.

A Justiça ainda não decidiu sobre o pedido de prisão de Bruno. Mesmo sem uma decisão, por volta das 5h, uma equipe da divisão de homicídios foi para a casa do goleiro Bruno. A decisão da Justiça deve sair esta manhã.

O depoimento do adolescente durou mais de sete horas. O promotor pediu a apreensão do menor, porque ele teria participado do sequestro de Eliza Samudio. A polícia informou que vai pedir que o menor seja levado para Minas Gerais, para prestar depoimento lá também.

As declarações do menor apreendido na casa do goleiro Bruno provocaram uma virada no caso. A saída dele da delegacia ontem à noite foi tumultuada.

O depoimento do jovem de 17 anos, na divisão de homicídios, durou cerca de sete horas. Ele confessou que agrediu Eliza e participou do sequestro dela, mas não é o responsável pela morte da moça.

O adolescente foi encontrado ontem à tarde na casa de Bruno, em um condomínio da zona oeste do Rio de Janeiro, depois de uma denúncia. Na delegacia, afirmou que Eliza Samudio está morta, mas não apontou o assassino e nem como o crime aconteceu.

Segundo os investigadores, a versão do adolescente chamou a atenção pela incoerência. Ele descreveu a própria participação no sequestro da ex-amante de Bruno, Eliza Samudio. Contou que ajudou o funcionário do goleiro, Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, a levar Eliza e o bebê, do Rio de Janeiro para o sítio na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na caminhonete emprestada pelo jogador.

O menor disse à polícia que estava escondido no banco de trás do carro. No meio da viagem, depois de uma discussão, bateu na cabeça de Eliza com uma arma. A pistola pertenceria a Macarrão. Ele disse ainda que, naquele momento, Eliza sangrou, mas ainda estava viva.

O teste feito com luminol na caminhonete confirmou vestígios de sangue em uma das janelas. Um exame de DNA que fica pronto esta semana vai comprovar se o sangue é mesmo de Eliza.

O advogado de Macarrão disse não acreditar na história contada pelo rapaz.

A participação do menor no caso foi revelada em uma entrevista à Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. Um homem próximo ao jovem disse ter ouvido dele que Bruno teria feito um trato com um traficante para que o corpo de Eliza fosse escondido: “O Bruno contratou o cara para levar o corpo até o cara que ia sumir com o corpo. Pagou R$ 3 mil. Ele desossou, enterrou e concretou. O sangue que está no carro vai constar como da menina, mas eles estão armando para ser uma discussão”.

O delegado responsável pelo caso em Belo Horizonte acredita no envolvimento do garoto, mas acha que a versão contada por ele pode ter sido influenciada por advogados.

“O que acontece com crimes de grande repercussão, ou então com crimes cotidianamente, o maior determina que o menor assuma o crime para se livrar. Isso acontece muito. Então vamos analisar tudo. Muito cuidado, estamos pisando praticamente em ovos”, aponta o delegado/ BH Edson Moreira.

O promotor de Justiça que acompanhou parte do interrogatório disse que as informações do adolescente são consistentes. Mas a polícia de Minas Gerais vai fazer um cruzamento de informações.

O delegado responsável pelo caso no Rio de Janeiro pediu a apreensão do jovem ao juizado de menores por participação no sequestro.

“O depoimento vai ser checado por Minas Gerais, que está com todo o conjunto da investigação”, aponta o delegado/RJ Felipe Ettore.

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