"Ele foi comprar pão e quando voltou eu estava mexendo na arma. A gente estava brincando, eu fui tirar a bala e o revólver disparou", contou o irmão mais velho, Thayroni. A arma estava escondida na casa há três meses. "Eu comprei e guardei. Podia precisar um dia, podia acontecer alguma coisa", disse.
Tudo aconteceu na sala da casa, que fica na Barra de Itapemirim. Matheus, que morava com a mãe, passava a semana de férias na casa do pai, onde também vivia o irmão mais velho.
Nas palavras de Thayrone, uma mistura de tristeza e culpa. "Minha família está desesperada, sabendo que eu matei o meu irmão sem querer, um menino novo. O que eu vou fazer agora? Vou morrer. Ele falava: vou ser igual a você quando eu crescer", lamenta.
Ele continua detido e deve ser encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Itapemirim. O jovem vai responder por homicídio com dolo eventual, a pena vai de seis a 20 anos de prisão. "Ele não tinha a intensão direta de matar, mas assumiu os riscos e tem que responder pelas consequências. Ele não poderia ter uma arma sem porte", explicou o delegado Edson Lopes Junior.
O pai dos irmãos afirmou que não sabia da existência do revólver e que sofre pelos dois filhos. "Eu estou tentando aguentar a situação, é muito triste. Numa brincadeira ele acertou o meu menino, arrancou um pedaço de mim. E agora está preso, não sei o que fazer. Aconteceu uma tragédia na minha vida", disse José Gomes Marvila.
Nenhum comentário:
Postar um comentário